Enquanto eu tomava um café no balcão de uma padaria, começa uma conversa entre um cliente, que parecia ser assíduo do lugar, com duas das atendentes. Uma delas pergunta:
– E aí, qual vai ser o nome do bebê de vocês?
– Se for menina, Valentina – diz ele, de boca cheia, orgulhoso do nome escolhido.
A outra atendente, imediatamente após, diz:
– Nossa! Todo mundo tá colocando esse nome, gente! – para desapontamento imediato de quem achava ter escolhido um nome sofisticado…
– É? Eu não conheço tanta gente assim com esse nome – diz ele, com ar de quem não gostou do comentário.
Aquela que perguntou interfere, tentando amenizar a gafe:
– Não, imagina… É um nome maravilhoso! – E continua:
– E se for menino?
– Murilo – seguido pelo absoluto silêncio de todos que participavam da conversa.
– Poxa, desse vocês não gostaram mesmo, hein! – diz ele, rindo.
A atendente que fez o comentário sobre o nome Valentina, para tentar suavizar sua situação, diz o nome que gostaria de dar a um filho homem, caso tivesse um:
– Se eu tiver um filho vai se chamar Artur!
Ele, de imediato, pronto para se vingar do infeliz comentário sobre o nome que ele havia escolhido para a filha, diz:
– É bonito. Mas só se você fosse carioca… – e puxa o sotaque para o Rio – Arrrrrturrrr. Porque, vamos combinar, aqui no interior vai ficar horrível, com aquele erre caipira…
Aquela que deu início à conversa, tentando administrar a situação constrangedora, pergunta:
– Qual o nome da sua filinha mesmo?
E ele, prontamente:
– Lollla, com três eles! – mais uma vez orgulhoso!
E ela, no ato, diz:
– Nossa, eu tenho uma cliente aqui que a cachorrinha dela chama Lola! É uma graça! Não pode me ver que fica pulando em cima de mim!
É mole?!!
Por: Paulo Franco – diretor da Franco Consultoria de Imóveis
Interessante.